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Entrevista com Rafael Bittencourt e Faiska.

Bem pessoal, finalmente a segunda parte da entrevista com eles.
Agora é a vez do Faiska e seus pedais de efeitos unicos.

Faiska

Qual foi o primeiro equipamento BOSS que você tilizou?

Um pedal CE-2 Chorus. Foi um som dos deuses. Aquele chorus
limpinho. Não desligava aquilo por nada no mundo. Comprei em
1980 e tenho até hoje.

Por que escolheu os pedais BOSS?


Os equipamentos BOSS têm inúmeras características positivas.
Primeiro, o som é bom demais. E eles são inquebráveis.
Quando eu era moleque, queria ter uma pedaleira. Então, fiz
uma para dois pedais. Ficava em uma caixinha, com uma fonte
vagabunda. Certa vez, estava tocando em um bar e derrubaram
uma bebida na beira do palco. O aparelho começou a fazer um
barulho esquisito, cheio de chiado. Acabou minha noite. Cheguei
em casa, abri o equipamento, liguei o secador de cabelos no frio
e fiquei secando o circuito. Fiz por intuição. Conforme ia mexendo
no potenciômetro, o apito foi sumindo. E, no fim, ficou bom e
funciona até hoje. Depois, consegui um DS-1 da década de 1970,
da primeira série. Tenho uma coleção com inúmeras marcas. Mas
os modelos BOSS são os únicos de que não me desfaço.

Por que decidiu montar uma pedaleira?

Na verdade, queria ter um pedalboard. Os pedaizinhos ficavam
ligados em uma malinha e eu achava lindo. E trabalhava com esses
dois porque não havia necessidade de outros.

Por que optou pelos pedais?

Quando iniciei, na década de 1980, nem existia esse negócio
de pedaleira. Me acostumei e gosto muito dos pedais por conta
da praticidade. Um delay, por exemplo. É impraticável colocar em
casa o volume que uso em um palco. O ambiente não comporta,
o músico não aguenta, sobram graves. Então, faço a regulagem do
efeito para um nível baixo. Ao tocar alto, sobra delay. Nos stompbox,
apenas viro os botõezinhos do level, do repeat e resolvo a situação.
E os pedais têm o timbre bem característico dos guitarristas que
são minhas referências, como Jeff Beck, Jimmy Page, Ritchie
Blackmore. Eles usavam isso na época e eu permaneci. Acredito
que quando o músico encontra o seu som, tem que mantê-lo. É
sua marca registrada. Quem ouve B.B.King sabe que é ele. E mais:
se um deles pifar, tiro do caminho e continuo me apresentando.
Tenho um setup pronto, mas há um lugar que sempre fica vago.
Antes de um show, escolho um modelo aleatório para ver como
vai ficar. É um laboratório.

Você já utilizou pedaleira?

Sim. Tive duas BOSS BE-5, que tinha o circuito analógico de alguns
pedais em uma caixa de plástico. Mas me desfiz delas e me arrependi.
Meu primeiro disco, Nevoeiro, foi gravado em 1990 inteiramente com
essa pedaleira. Estou em busca de uma. Se achar, compro.

Qual o equipamento mais prático em estúdio?

A vantagem da pedaleira é a saída balanceada para ligar direto
na mesa. Mas quando faço gravações, costumo levar o meu
ampli e o meu setup. São sempre os mesmos equipamentos
que vão comigo para qualquer lugar. Já tenho intimidade. Às
vezes, dou uma palhetada de uma forma justamente por causa
daquele pedal.

É possível montar um kit de pedais que substitua uma pedaleira como a GT-10?

Sim. Quando me chamam para fazer um trabalho, por
exemplo, querem meu feeling, minha interpretação, meu som.
Cheguei a um ponto em que amigos descobrem que eu gravei
tal jingle por conta de um timbre característico. Preciso de um
ou dois delays, um reverb e um chorus. Nunca modifico. Posso
tirar um e colocar outro. Mas não fico escolhendo se quero o
Chorus 1, o 2 ou o 3. Para mim, não faz diferença porque tenho
meu setup preparado.

O que falaria para promover os pedais?

Eles facilitam em uma quebra. Às vezes, o músico pode
levar só um para dar uma canja. E ele mantém mais a tradição
do som da guitarra. Mas, em quantidade de efeitos, a pedaleira
realmente ganha. Pelo custo-benefício, montar um pedalboard
com dez pedais fica bem caro. E, para mim, é paixão.

Quantos pedais você tem?

Tenho 54 ou 55. Só da BOSS – 35 – acredito que todos. Mas
possuo alguns repetidos, como o DS-1.
É isso ai pessoal! Terminamos as 2 partes. Para quem quiser baixar a revista inteira ai embaixo do post tem o link do arquivo .pdf
Ainda hoje acho que vou postar uma entrevista com meu amigo Gabriel. Guitarrista e contribuinte do Guitar Brasil
Revista Musica e Imagem #3

2 comentários:

Rony Sander disse...

Faiska é rei

Rony Sander disse...

Comecei a usar pedais analogicos por causa dele!!

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